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O Futuro da IA Não Está em Um Dispositivo, Mas em Todo um Ecossistema

Imagem gerada com Imagen 4
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A visão tradicional de que um dia teríamos um único dispositivo capaz de fazer tudo pode estar com os dias contados. Pelo menos é isso que sugere a estratégia mais recente do Google, apresentada no evento Made by Google da semana passada.


A Nova Aposta do Google

Durante o evento realizado no Brooklyn Navy Yard, o Google apresentou quatro smartphones, um smartwatch e fones de ouvido. Mas o que chamou atenção não foram apenas os produtos em si, mas a filosofia por trás deles: a inteligência artificial não será o elemento que derrubará as barreiras entre diferentes ecossistemas tecnológicos, mas sim o que as fortalecerá.

Segundo Sandeep Waraich, líder de produto para wearables Pixel do Google, estamos vivenciando uma mudança fundamental. "Os primeiros 15 anos dos wearables foram muito focados em 'coletar dados, o eu quantificado'. Isso está evoluindo rapidamente de dados episódicos para insights contínuos, porque os dados por si só têm limitações."


Wearables Como Vanguarda da IA

Os dispositivos vestíveis estão sendo posicionados como a vanguarda da inteligência artificial por uma razão simples: eles são os únicos dispositivos em nossas vidas que garantem "presença no corpo". Enquanto smartphones podem ser esquecidos em mesas ou desligados, os wearables permanecem conosco constantemente.

Para que a IA seja efetiva, ela precisa conhecer absolutamente tudo sobre o usuário - e não há melhor forma de fazer isso do que estar literalmente "sobre" a pessoa.


A Estratégia do "Espaguete"

Rishi Chandra, VP do Fitbit e Health do Google, admite que ainda estamos na fase experimental da IA em hardware. "Qualquer convicção que você tenha agora provavelmente é prematura", explica. "Não há dúvida de que existirão novos formatos. Mas acho que é muito cedo para ter certeza."

Em vez de apostar em um único formato vencedor, o Google está adotando uma abordagem de experimentação ampla. A estratégia é "maximizar os dispositivos que você já possui" enquanto explora novas possibilidades.


Computação Ambiente

A visão do Google se alinha com seu conceito de computação ambiente - um mundo onde os dispositivos desaparecem no segundo plano, respondendo proativamente às necessidades dos usuários. Por exemplo, ao entrar em um ambiente, suas lâmpadas inteligentes poderiam automaticamente ajustar a iluminação porque conseguem "conversar" com seu smartphone, que detectou uma mensagem sobre dor de cabeça.

"O futuro será um conjunto muito diverso de acessórios que as pessoas podem escolher ter, personalizado para elas, em seu ambiente e no que se importam", explica Chandra. "Nosso trabalho é fazer tudo funcionar em conjunto para que não importe."


O Paradoxo da Simplificação

Existe uma ironia interessante nessa abordagem. Embora o objetivo declarado da IA seja simplificar nossas vidas e nos devolver tempo, a estratégia atual parece apontar para a multiplicação de dispositivos, não sua redução.

O smartphone, que já tem quase 20 anos, está perdendo seu brilho. Como observou o CEO da Verizon, Hans Vestberg, "os tempos emocionantes acabaram" e muitas pessoas estão mantendo seus telefones por três anos ou mais.


A pergunta que fica é:

Será que os consumidores abraçarão essa visão de futuro repleto de gadgets conectados ou continuarão buscando a simplicidade de um único dispositivo que faça tudo?


Fonte: The Verge

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