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Gemini & Siri: Esse Casamento pode dar Certo

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A promessa de uma Siri verdadeiramente inteligente vem sendo aguardada há mais de 18 meses, desde que a Apple anunciou o Apple Intelligence. E, embora a empresa garanta que as atualizações chegarão em 2026, novos rumores sugerem uma mudança radical de estratégia: a Apple pode substituir seus próprios modelos de IA generativa pelos modelos Gemini do Google, especialmente o poderoso modelo de 1,2 trilhão de parâmetros.

Segundo o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, em vez de continuar desenvolvendo suas próprias tecnologias, a Apple estaria considerando integrar os robustos modelos de IA do Google – sua parceira de longa data no Safari – diretamente no cérebro da Siri. Embora nenhuma das empresas tenha confirmado oficialmente, a movimentação faz sentido estratégico.


Durante a última conferência de resultados da Apple, o CEO Tim Cook reafirmou que os trabalhos estão progredindo conforme o planejado, com lançamento previsto para 2026. No entanto, a empresa está claramente enfrentando desafios técnicos significativos. No início deste ano, a Apple reorganizou sua equipe de IA, removendo John Giannandrea da liderança e colocando o projeto sob supervisão direta de Craig Federighi.

Enquanto isso, concorrentes como OpenAI, Google, Amazon e Perplexity estão lançando modelos cada vez mais poderosos a uma velocidade impressionante. Os consumidores já estão adotando essas tecnologias no dia a dia, alternando entre plataformas como ChatGPT e Gemini dependendo da tarefa.


Por que o Gemini faz sentido?

A parceria já existe: o Google paga cerca de US$ 20 bilhões anuais para ser o mecanismo de busca padrão do Safari. Além disso, tanto o ChatGPT quanto o Google já estão integrados ao Visual Intelligence da Apple, embora de forma superficial.

O que tornaria essa nova integração diferente seria sua natureza fundamental. A Siri manteria sua interface familiar, mas seria alimentada internamente pelos avançados modelos Gemini. Seria similar ao que a Microsoft fez com o Copilot, que é alimentado pelos modelos GPT da OpenAI.

Essa abordagem permitiria que a Apple finalmente cumprisse a promessa do Apple Intelligence: um assistente verdadeiramente consciente do sistema e das informações pessoais do usuário, capaz de agir como um agente inteligente que intui necessidades porque conhece a plataforma, o hardware e, principalmente, o usuário.


Uma derrota disfarçada?

Embora represente certa derrota para a Apple – que sempre priorizou o desenvolvimento interno de tecnologias essenciais – a decisão pode ser pragmática. A corrida da IA está acontecendo em "tempo de IA", um ritmo muito mais acelerado do que os ciclos tradicionais de desenvolvimento da Apple.

A questão não é mais se a Apple consegue desenvolver sua própria IA de ponta, mas se consegue fazer isso rápido o suficiente para permanecer relevante nesta corrida tecnológica. E, para muitos usuários e especialistas, se a solução for uma Siri verdadeiramente útil e inteligente – mesmo que alimentada pelo Google – isso pode ser mais do que aceitável.


Fonte: TechRadar Imagem Gerada com: Flux 1.1 Pro

 
 
 

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